quarta-feira, 25 de março de 2015

O grande representante da Literatura Realista Portuguesa: Eça de Queirós


A vida do homem que enriqueceu o mundo das Literatura Realista em fins do século XIX, Eça de Queirós, foi da seguinte maneira: estudante de Direito em Coimbra e um pouco depois escritor num jornal de grande vulto em Portugal, o Jornal Gazeta de Portugal. Um dos que se sentiram inspirados pela literatura flaubertiana. O escritor de obras como: A Ilustre Casa de Ramires(1900), As Cidades e as Serras(1901, póstumo), O Crime do Padre Amaro(1875)*, Os Maias(1888), O Primo Basílio(1878), dentre outras obras, carregavam em seu bojo características de sua grande marca, como a: ironia, descrição dos locais e comportamento das pessoas burguesas. 

*Considerado o melhor romance realista portugu~es do século XIX.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Questão Coimbrã ou "Questão do Bom Senso e Bom Gosto"

             
Na foto: participantes da Geração 70, da Questão Coimbrã e Conferências do Cassino Lisbonense. Com participantes como Eça de Queirós, Oliveira Martins e Antero de Quental. 

           Este movimento pré-realismo em Portugal consistiu num conflito entre Românticos e jovens  estudantes revolucionários( que viriam  a ser os realistas). O estopim de toda polêmica foi simples e giravam em torno de: Antero de Quental e Teófilo Braga. 
              Uma obra de Pinheiro Chagas nomeada Poema da Mocidade, teve a carta-posfácio redigida pelo romântico, Antônio Feliciano de Castilho, referenciando à moderna escola de Coimbra e a Antero de Quental e Teófilo Braga. 
              Antero contestou com um texto intitulado " Bom Senso e Bom Gosto" , argumentando que há um exagero dos românticos e já delineava uma nova maneira de fazer literatura. Logo, a partir de 1866  ficou o conflito entre sentimentalismo exacerbado de românticos e estética intrinsecamente ligada ao cientificismo, os futuros realistas. 

O que consistiu o Realismo no mundo europeu?

               O Realismo foi uma manifestação literária surgida em fins do século XIX, depois do movimento Romântico. A nascente do movimento emergiu na França com os grandes representantes do período: Gustave Flaubert e Honoré Balzac
A obra de 1857, de Flaubert, Madame Bovary, viria a influenciar obras realistas de outros países. Eça de Queirós, em O Primo Basílio, mostra marcas de um Bovarismo* em Luísa.

               O movimento tinha integrantes que tendiam repudiar o Neoclassicismo e o Romantismo devido a estes não terem uma literatura engajada, ou seja, sentiam a necessidade de uma tendência que retratasse a vida(crítica a sociedade burguesa), os problemas, costumes da classes média e baixa.

            O pensamento filosófico de então era o Positivismo, surgida na França com Augusto Comte. Surgida a partir do Iluminismo e nascimento da sociedade industrial. Rechaça radicalmente a metafísica e teológicos, pois a partir daquele período comprovar algo era demonstrá-lo cientificamente. Além disso, acreditava-se que a "ordem e o progresso" dependia de avanços científicos.

*Bovarismo- O efeito das leituras de romances em Emma lhe traz um comportamento psicológico, cunhado por Jules Gaultier em Le bovarysme, la psychologie dans l'oeuvre de Flaubert e Le bovarysme, essai sur le pouvoir d' imaginer  como bovarismoprojetando-a num mundo idealizado. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Este blog tem como intuito enveredar-se pelos caminhos literários da disciplina de Literatura Portuguesa II, abrangedores dos conteúdos que vão desde o Arcadismo até o Parnasianismo em Portugal, bem como desenvolver um estudo mais satisfatório para os discentes que cursam a disciplina atualmente. Sejam tod@s bem vind@s a esta página.